Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
6 comentários:
genial. é seu?
Oh, não, Roberto.(Quem dera!), rs
Esse soneto é do Nuno Júdice, um grande poeta e ficcionista português.
Grande abraço.
E ese outro poeta cuxa voz sona di: Let's get it on baby.
Unha aperta
Te invito a mi festa este fin de semana!!
Ines, te abrazo con el cariño de siempre
MentesSueltas
Ótimo post, Ines.
Bom fim de semana.
Beijos
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