Como um fósforo a arder antes que cresça
a flama, distendendo em raios brancos
suas línguas de luz, assim começa
e se alastra ao redor, ágil e ardente,
a dança em arco aos trêmulos arrancos.
E logo ela é só flama, inteiramente.
Com um olhar põe fogo nos cabelos
e com a arte sutil dos tornozelos
incendeia também os seus vestidos
de onde, serpentes doidas, a rompê-los,
saltam os braços nus com estalidos.
Então, como se fosse um feixe aceso,
colhe o fogo num gesto de desprezo,
atira-o bruscamente no tablado
e o contempla. Ei-lo ao rés do chão, irado,
a sustentar ainda a chama viva.
Mas ela, do alto, num leve sorriso
de saudação, erguendo a fronte altiva,
pisa-o com seu pequeno pé preciso.
7 comentários:
Muito bom esse poema de um dos maiores poetas. Um grande abraço, Inês.
Gran poema, siempre me gusta recordar a los maestros.
Gracias
Um beijo
Rilke, como viajero curioso por el sur de España, se fijó en baile flamenco, una de las expresiones más populares de la cultura de Andalucía. Que así sea por muchos años, y que los poetas se sigan fijando en esas bailarinas que con sus movimientos tan pronto nos transportan de la angustia al deseo.
Un abrazo y buen fin de semana.
Ótimo poema.
O blog está fantástico, Ines.
Beijos
OLA!! belo poema !! E belo blog, voltarei!! Tenha um ótimo fim de semana e feriado.
whose is painting is this one?
Thanking you! Great Blog!
Belissíma ESPANHOLA!
Oh! quanto eis bela, surgida nas tintas , em um movimento único...
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