quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Poema de cama - Victor Barone

(Imagem: Günter Blum)

Respiro teu perfume
em meus dedos de seda
Me alimento do teu gosto
em meus lábios crispados

Na fina pele
percebo teus gemidos
Na ponta da língua
me abasteço
de você

E o poema nasce assim,
órfão de sentidos
repleto de ti

Se esparrama
como sêmen
sobre a pele incauta

Ocupa o espaço
onde, antes,
nada.

3 comentários:

JJ disse...

Precioso poema, Inés, las palabras precisas.
Um beijo

nina rizzi disse...

que bonito, inês. demais.
e a música de fundo é uma das minhas preferidas.

um beijo :)

Luís Mendes disse...

um poema órfão que merece ser adoptado.

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