Tive nos braços a aurora de verão.
.......... Nada se movia ainda na fachada dos palácios. A água estava morta. Os campos de sombras não deixavam o caminho do bosque. Caminhei, despertando as respirações vivas e tépidas; e as pedrarias olharam, e as asas se levantaram sem ruído.
.......... O primeiro acontecimento foi, no atalho já pleno de fulgores frescos e pálidos, uma flor que me disse seu nome.
.......... Ri à loura cascata que desceu desgrenhada através dos pinheiros; pelo cimo prateado reconheci a deusa.
.......... Então levantei, um a um, os véus. Na alameda, agitando os braços. Na planície, onde a denunciei ao galo. Na grande cidade, ela fugia entre os campanários e as cúpulas e, correndo como um mendigo sobre os cais de mármore, eu a perseguia.
.......... No alto da estrada, perto de um bosque de loureiros, eu a cingi com seus véus amontoados, e senti um pouco seu imenso corpo. A aurora e a criança caíram na orla do bosque.
.......... Quando acordei, era meio-dia.
Modelo ajeno a mi imagen
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Si la razón me da la respuesta
De encontrar
Un rostro enamorado
Un rostro imaginario
Sonreiría
Y
Besaría su presencia
Mirando sus labios...
Há 5 horas
10 comentários:
Quando acordei, era meio-dia.
Muy bueno.
Un beso
Que tal ter nos braços uma aurora, ainda mais sendo uma aurora de verão?
Deve ser uma experiência inolvidável, seja um sonho ou não;
Beijos.
Eses fulgores frescos e pálidos os sinto ao leer o eterno adoescente Rimbaud traducido ao brasileiro.
Unha aperta
Oi,
acabo de ler uma nota, n'O Livro dos Livros publicado no Balaio de hoje, que existe uma teóloga chamada In~es Motta. Conhece-a, por acaso?
Um beijo.
Que dádiva, Inês, você nos dá ao mostrar algo de Rimbaud. Presumo que a tradução seja sua. Ou não? Um abraço.
Não conhecia esse texto do Rimbaud... instigante... bjs!!!
Francisco, a tradução não é minha e na verdade nem sei de quem é, pois não a encontrei no site.
beijos e obrigada a todos pela visita.
Salvador Dali me encanta...
Teu blog me encanta también...
Muito bom...
http://poesiasciberneticas.blogspot.com/2011/07/o-oraculo-de-rimbaud.html
Se você fosse sincera, ôôôh, Aurora...
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